O mercado da música é um ser vivo e está sempre em constante reinvenção, evoluindo com a tecnologia e novos formatos de consumo. Antigamente grande parte das receitas das gravadoras, player importante da construção desse mercado, vinha dos direitos autorais e venda dos discos. Nessa mesma época, os fãs tinham uma relação mais distante do artista. O relacionamento fã e ídolo baseava-se nos shows, aparecimentos nas rádios, programas de televisão e pelo contato através das músicas, disponibilizado pelos produtos físicos.
Logo depois o mercado se atualizou e a receita foi potencializada com a venda dos CDs e DVDs. Junto com o crescimento desse mercado, a pirataria dos produtos físicos crescia em paralelo, criando uma nuvem de tensão na indústria, afinal, sua fonte de receita estava sendo afetada!
Com o avanço dos anos, a tecnologia se aprimorou e então a internet tomou conta de espaços em uma velocidade muito grande. A internet estremeceu o mercado da música em relação ao consumo dos produtos físicos, que diminuíram agressivamente devido ao consumo e preferência pelas plataformas digitais. Quando todos achavam que era o fim das gravadoras e um grande rompimento na classe dos artistas, a reinvenção e a criatividade se tornaram formas de se manter ativo. E a comunicação foi primordial nesse processo!
Com os novos formatos de relacionamento, a comunicação se tornou ponto-chave para o sucesso dos artistas. É com uma nova forma de se relacionar com o público, se tornando mais próximo das pessoas e fãs, aumentando sua credibilidade e reputação.
O surgimento de novos players no mercado musical, como Spotify, Deezer, Apple Music, Youtube e alguns outros, ao mesmo tempo que democratizou a música, recolocou as gravadoras em uma posição muito forte de produção, credibilidade e relacionamento mercadológico. Hoje não somos mais obrigados a ouvir a música que toca na rádio ou assistir o clipe que passa na televisão, mas temos a opção de escutar e ver uma produção musical em qualquer momento e lugar, e ainda por cima, de forma gratuita.
O trabalho do RP vem ao encontro dessa evolução do mercado, quando o mesmo é o especialista em se relacionar com os públicos estratégicos de cada área. A forma como o produto (nesse caso a música e o artista) é apresentada ao público, muda sua forma de relação e o seu consumo.
É muito importante olharmos para os novos formatos de consumo, mas não podemos esquecer como as outras ferramentas ainda funcionam muito bem. As rádios são um exemplo de evolução que continua sendo um dos pilares do mercado musical. Com o tempo, as programações foram se atualizando e a conexão com o público tornou-se mais forte, próxima e principalmente mais humanizada.
Atualmente o digital possibilita muitas oportunidades para o mercado e para o RP. Hoje em dia, um lançamento de música possui muitos outros detalhes envolvidos e ações de comunicação que acrescentam maiores chances de alcance e sucesso.
Com um lançamento musical o artista pode, apenas na esfera digital, criar um teaser de expectativa, fazer um pré-save que já garante aos fãs o aviso da música quando ela chegar, um making of, gerando mais conteúdo dos bastidores do mercado, ou uma live para criar relacionamento íntimo com o público e interação em tempo real.
O grande diferencial desse crescimento é o fato da música fazer parte da vida das pessoas! Ela nunca vai acabar. Trabalhar com música não é algo simples, exige muita disposição, disciplina e principalmente a capacidade de se adaptar, como um camaleão faz 😉
Começamos essa conversa falando da dificuldade que esse mercado passou com suas muitas mudanças e adaptações, mas ele soube se reinventar e romper barreiras.
Acredite! Tem muito espaço pro RP dentro da música! Mas é preciso estar preparado e disponível para se adaptar quando necessário!
Guilherme Alf