Se a tristeza é senhora desde que o samba é samba, ela despencou em doses cavalares na vida de todos ao redor do mundo quando a pandemia bateu em nossas portas e nos trancou para dentro. Junto com as mudanças radicais que o momento trouxe para nossas rotinas, diversos novos hábitos surgiram e se modificaram com o passar dos dias, que viraram semanas e depois meses.
Em meio a um cenário de insegurança e incerteza, a música se tornou companheira e refúgio para muitos. E hoje vamos falar um pouco sobre como as novas maneiras de se consumir música são uma oportunidade e tanto para quem está antenado às tendências que surgem a cada dia.
A evolução do comportamento em relação à música
Não é de hoje que a evolução tecnológica impacta a indústria fonográfica. Os mais vividos acompanharam o vinil perder espaço para o CD, bateram cabeça com o MP3, e hoje têm se esbaldado com os streamings. Curiosamente, dois hábitos que estão em lados opostos dessa linha do tempo são as duas principais tendências de consumo em tempos pandêmicos apontadas pela pesquisa da Flow Creative Core. Enquanto a volta da velha e boa vitrola segue com tudo, a busca por playlists associadas ao estado de espírito bombam nas plataformas. Sete a cada dez jovens escutados escolhem o que vão ouvir por “mood”. Os dois mais procurados são “para animar” e “para relaxar”.
Na mesma velocidade com que as pessoas foram mudando seus hábitos durante a pandemia e explorando as alternativas que a tecnologia disponibiliza, os desafios para os profissionais da comunicação também ganharam outros rumos. Se o contato com o público perdeu, por ora, o calor dos shows – que encabeçam a lista de muita gente de “o que fazer quando tudo isso passar” – a necessidade de não deixar a chama apagar e criar novas formas de se manter próximo ao fã viraram um problema para ontem.
Como falar em música na pandemia e não lembrar das lives? Parecem tão distantes, mas serão uma das coisas mais recordadas quando falarmos de tudo isso daqui a algum tempo. Baita sacada? Sem dúvida. Com seus problemas? Também. Afinal, não bastava ser sem público, tinha que ser segura. E não era suficiente ser segura, tinha que parecer segura. Quem se preocupou com isso, tirou dez com louvor e surfou na onda. Quem não se atentou a um detalhe tão crucial, viu sua live virar polêmica na internet. E haja gestão de crise.
O papel do RP em um momento de mudança de mindset
Falamos recentemente aqui sobre como reputação virou a nova moeda. Se você não leu, clique aqui. No texto, vai ver algo que não pode fugir da atenção de um bom RP: o quanto um posicionamento bem feito e coerente é fundamental para que o artista cative seu público e siga com sua imagem intacta e sua música bombando nas caixinhas.
A Flow Creative Core aponta que a “Era da Transparência” é um dos principais pilares culturais dos dias atuais, caminhando de mãos dadas com outra tendência, o Novo Senso de Sociedade. Quem está de olho nisso, sabe quem são os artistas envolvidos em polêmica, por exemplo. Os jovens não querem apenas uma música boa. Eles esperam que por trás daquele rifle de guitarra tenha alguém com valores sociais. Se posicionar mal, pode ser um tiro no pé. Se manter isento, também. E haja trabalho para o RP.
Muita gente nem imagina o quanto o trabalho de um bom RP nos bastidores é crucial para que a carreira de um artista deslanche. Por isso, se você tem ou conhece alguém que tenha curiosidade para saber mais sobre essa relação, não pode perder o RP Sounds, um curso exclusivo da Escola de RP em que falaremos sobre a gestão de carreira dos artistas, mercado nacional da música, comportamento dos consumidores e diversos outros assuntos ligados a este universo. Quer saber mais? Então, acesse: